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terça-feira, novembro 05, 2019

Que Show, Lorelai mãe e Lorelai filha!


Quando a Netflix anunciou o revival de Gilmore Girls: um ano para recordar, lembrei de alguns episódios que assisti pelo SBT há muitos anos. Corri para a frente da TV e comecei a assistir aos episódios, do número 1 ao último, até chegar aos quatro episódios de 90 minutos cada de 2016. A maratona durou de novembro até a última semana de janeiro. Meus sábados e domingos eram todos dedicados à série. Durante a semana, um ou dois episódios por dia.
Lorelai Gilmore, com uma Lauren Graham simplesmente brilhante, foi (é) a melhor personagem do seriado. Lorelai é a versão melhorada das Helenas de Manoel Carlos. Como ri com Lorelai. Como chorei com Lorelai. Como torci para Lorelai. O casal Lorelai e Luke funcionou de tal maneira que se Gilmore fosse uma dessas novelas das sete que caem no gosto do público adolescente, certamente virariam o casal Loreluke (a junção dos dois).
Enquanto isso, Rory, a Lorelai III, tem um quê de Joice (História de Amor), M. Eduarda (Por Amor) e Camila (Laços de Família). Ora a odiava com toda a força, ora a amava com o mesmo vigor. Quando tudo parecia fluir, vinha a Rory e estragava tudo. Coisas de Rory, ficava imaginando. Rory recebeu o mesmo nome de sua mãe Lorelai. Lorelai engravidou aos 16 anos e resolveu criar a sua filha sozinha, longe dos afortunados pais. Por que só os pais podem colocar seus nomes nos filhos? Era o que pensava Lorelai, que também herdou o nome, não de sua mãe, mas da avó. Rory foi interpretada pela atriz Alexis Bledel. 
A história de Lorelai e Rory se aproxima também da linda novela de Lícia Manzo, "A Vida da Gente", de 2011. Como Gilmore veio antes, podemos dizer que é o contrário. No entanto, Gilmore veio depois das incríveis novelas de Manoel Carlos, lá dos anos 1990. Emily Gilmore, interpretada por Kelly Bishop (a mãe da Baby, do aclamado filme Dirty Dancing), é a Branca Letícia de Barros Motta com certeza (Susana Vieira em Por Amor). Claro, nem tão perversa, mas a língua ferina é totalmente Branca. 
As tiradas de Lorelai, os embates com a mãe Emily, seu amor por Luke, as idas e vindas desse amor (meu Deus! Quanta aflição! Quanta emoção com o lindo final!), o companheirismo de mãe e filha, as desavenças de mãe e filha, as tortas de Sookie, o primeiro amor de Rory, o melhor namorado de Rory, o mau humor de Michel, os chatos Kirk e Taylor, Lulu, as fofoqueiras Babette e Srta. Patty, Dean, Logan, Jess, as loucuras de Paris Gellar, Lane e a mãe Kim, Lane e Zack, Christopher, Senhor Medina, Jason, Jackson, Richard Gilmore (linda a homenagem ao ator Edward Herrmann, falecido em 2014, na refilmagem de 2016), Paul Anka (o cantor e, principalmente, o cachorro) etc. Gilmore Girl tornou-se inesquecível por esses personagens, pela incrível história, por me fazer pensar, refletir, amar mais, rir mais, chorar mais. 
Na sétima temporada, uma mistura de sensações: por saber que estava terminando, por querer saber o final e por saber que ficaria órfão de uma espetacular série. Capítulo 22: o beijo de Lorelai e Luke e o the end de 2007. Não? Os fãs que acompanharam a série na época deveriam ter esbravejado um monte: eu esbravejei. Queria mais Loreluke! Curiosidade: a sétima temporada de Gilmore não teve a assinatura de Amy Sherman-Palladino, por questões de contrato. Não entraram num acordo satisfatório para os dois lados. Mesmo assim, a sétima temporada não deixou a desejar, não fosse o seu final. Amy sabia que faltava a cereja do bolo, que veio nove anos depois.
Gilmore Girl: um ano para recordar mostrou o que aconteceu com o casal principal, mostrou que Rory teve que acertar as contas com as burradas que fez no passado (ou continuou fazendo), enfim, trouxe consigo "aquele the end" que todos aguardavam e ainda fez questão de pegar a todos de surpresa na cena final. Foi na cena final, na versão de 2016, escrita/produzida por Amy Sherman-Palladino, que a autora explicou o porquê do seriado se chamar Gilmore Girls: tal mãe tal filha, que lógico, eu nem penso em contar.

P.S.: eu preciso de mais café!


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